
por IDMJR
Nesta semana, mas exatamente no dia 30 de abril celebramos o dia da Baixada com o lançamento do Memorial Hidra de Iguassú, como marcador histórico que a Baixada Fluminense se funda a partir da resistência dos Quilombos de Iguassú.
Marcando esta resistência ancestral e histórica estamos abrindo mais uma frente de resistência a partir de hoje com o lançamento hoje do projeto Segurança Pública, Terreiros e Racismo em parceria com o Centro de Tradições Ilê Asè Ogi Omin.
As Violências e violações contra a população e os espaços de terreiros, acontecem e são as mais diversas e perpetradas por uma série de atores e institucionalidades. Na Baixada Fluminense, essa população vem sofrendo com a política de segurança pública e o fortalecimento das milícias.
Os dados que se dizem oficiais não apresentam informações sobre esta questão. A metodologia dos dados ditos oficiais não engloba os casos de violência perpetrada por agentes de segurança pública, milicianos e o varejo de drogas em corpos da população de terreiros.

Ademais, dado o processo de expansão das milícias nos territórios da Baixada Fluminense e em todo o Estado do RJ, as milícias também agem com o véu da legalidade do Estado e aproveitam da legislação que legitima e isenta o abuso policial, bem como, do aparato da segurança pública para violar corpos e instituições de maioria preta.
Diante deste quadro estamos lançando essa frente hoje que conectará terreiros pra produzirmos diálogos com objetivo de ao final do projeto construirmos com os povos de terreiros participantes e outros um plano de incidência política sobre essas violações de Estado e Racismo , juntamente com o fortalecimento e com criação de estratégias de proteção.
Nessa empreitada teremos a consultoria de Iyá Wanda de Omolu do Ylê Asè Ogi Omin.
Que Xangô, deus da justiça, dos raios, dos trovões e do fogo nos proteja.