
Por Nívia Raposo e Patricia dos Santos
Seguimos como IDMJR mobilizando e dialogando com os nossos e nossas na Baixada Fluminense. Fomos convidados pela Visão Mundial, com o MJPOP – Monitoramento Jovem de Políticas Públicas para realizarmos uma formação sobre segurança pública e protocolos de proteção com jovens nos territórios periféricos e favelados . A atividade foi realizada de 13h às 17h durante os dias 16/02 /2022 e 17/02/2022.

A apresentação do MJPOP com o projeto #EuSintoNaPele se devia a partir de uma construção coletiva dos jovens com a intenção de mobilizar e sensibilizar a população e poder público com o propósito de diminuir a letalidade policial na juventude, em especial na juventude negra.
Durante a atividade surgiram relatos que mostram como o poder público enxerga essa juventude, na maioria das vezes como o problema. Mas é esta mesma juventude que está disposta a colaborar a sua comunidade. Muitas reflexões serviram para mostrar o quanto a juventude é potência. Juntos com a a assessoria da equipe da IDMJR criaram protocolos de proteção e planos de intervenções que colaboram para segurança e acessos a políticas sociais.
“Precisamos de mais investimentos nos direitos Básicos como Educação, saúde, empregabilidade,lazer e não de armas e Balas .”
(mãe de uma jovens participantes).
As Juventudes ao analisarem a “Segurança Pública” disseram que a mesma política não colabora para diminuição da letalidade policial realizada contra jovens e adolescentes e muito menos para a segurança da população periférica no todo.
A IDMJR ficou muito feliz e agradecida por poder somarmos na construção desta luta pela sobrevivência diária desta juventude. Atividade formativa contou com a participação de outras organizações e coletivos de jovens: Youcca Brasil, Cedeca e vários jovens do MJPOP de diferentes territórios periféricos.
Todos os participantes trouxeram contribuições contando sobre suas experiências em seus territórios e inquietações sobre o não acesso aos seus direitos básicos que deveriam caminhar junto à segurança pública , porém destacaram que o que está posto para a comunidade periférica e a ação militarizada com o foco em reprimir e colocar a” ordem” a qualquer custo.
“O aumento de policiais na rua não traz segurança para comunidade, pelo contrário sinto mais medo de circular.”
(Jovem participante)