
por IDMJR
Memorial Maria Conga em Magé é atacado!
Hoje pela manhã seguindo fontes, soubemos que ontem o Memorial Maria Conga em Magé foi atacado por racistas!
Este ataque é direcionado ao povo negro, aos quilombos e terreiros e organizações da Baixada Fluminense que produzem memória.
Mas a Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial/IDMJR se junta a esses povos e afirma que não vão nos calar! Racistas Não Passarão!

Vale lembrar que memoriais que representam a resistência negra tem sido atacados na Baixada Fluminense. No ano de 2021 o memorial produzido pela IDMJR Nossos Passos vêm de Longe também sofreu um ataque.
Maria Conga foi nascida em 1792 no continente africano, sequestrada e embarcada pelo porto da área que conhecemos atualmente como Congo, chegando ao Brasil por volta de 1804, com doze anos de idade, separada da família, vendida para um fazendeiro em Salvador e rebatizada como Maria da Conceição.

Aos 18 anos Maria Conga foi vendida novamente, e chega em Magé, aos 24 anos passa por mais uma mudança de “dono”, onde permaneceu trabalhando por 11 anos, e as 35 anos foi alforriada.
A partir desse evento, Maria Conga passa a ser a referência na ação de liberdade de escravizados, tanto fugidos quanto alforriados, e funda o Quilombo Maria Conga.

Para saber mais desta guerreira preta acesse:
https://dmjracial.com/2020/05/30/heranca-quilombola-maria-conga-em-mage-baixada-fluminense/–