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Por: Equipe IDMJR


Neste 30 de agosto, Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, a IDMJR ressalta que o aprisionamento e a retirada forçosa de corpos de seus territórios perpassa toda a formação social e econômica brasileira desde o tempo de colonização até o atual período dito democrático.

Os métodos de desaparecimentos forçados de corpos foram utilizados constantemente como forma de terror do Estado em diferentes tempos históricos e sob distintas condições.

Por isso, a importância da construção de uma memória coletiva que sirva para a luta por reivindicação de mudanças estruturais históricas.

Por isso, a IDMJR lançará o projeto Onde está meu filho? – Desaparecidos forçados no Rio de Janeiro, que busca fortalecer as lutas pela necessidade de garantir a criação da tipificação da categoria desaparecimento forçados para estimular a investigação e elucidação desses inúmeros casos de privação de liberdade, bem como, responsabilizar o Estado por esse tipo de violação e garantir a reparação econômica e psicossocial para as vítimas e familiares.

O projeto possui dois eixos de ação: Comunicação e Incidência Política

No eixo de comunicação, construiremos uma grande campanha junto com mães e  familiares de Desaparecidos Forçados com objetivo de dar visibilidade dessa violência histórica iniciada pelos sequestros de corpos negros de África e que até hoje continuam ocorrendo, principalmente em  territórios dominados pelas milícias.

No eixo de Incidência Política, busca-se monitorar e sistematizar as proposições legislativas no Brasil sobre o debate de desaparecimentos de pessoas. E, junto com familiares de desaparecidos forçados, organizações e movimentos sociais criar um constrangimento e pressão política para o Estado promover ações concretas com relação aos casos de desaparecimento forçados.

Este projeto tem apoio da Fundação Heinrich Stiffung Boll – Brasil e parceria com a Justiça Global.

No rastro de construção de teoria e prática, publicamos o Boletim de Desaparecimentos Forçados – da Escravidão às Milícias e o Memorial em grafite Carlos Henrique – jovem desaparecido forçadamente, na semana passada.

A IDMJR acredita que a produção de memória junto a mães e familiares de desaparecidos forçados é um importante dispositivo de produção de justiça racial.


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