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Por Giselle Florentino


O vereador de Duque de Caxias, Alexsandro Silva Faria – o Sandro do Sindicato (Solidariedade), foi executado com tiros de fuzil na manhã desta quarta-feira (13/10) no Bairro de Pilar. É o terceiro vereador da Câmara Municipal de Duque de Caxias que é assassinado neste ano.

A casa legislativa municipal precisa cobrar respostas e averiguar os casos de violência política institucional que está ocorrendo nos últimos meses em Caxias, como os casos de assassinatos dos vereadores Joaquim José Quinze Santos Alexandre, o Quinzé (PL), em 12 de setembro, e Danilo Francisco da Silva (MDB), o Danilo do Mercado, encontrado morto ao lado do filho, Gabriel da Silva, de 25 anos, em 10 de março.

A IDMJR ressalta que um bom exemplo do amplo controle das milícias na Baixada Fluminense é a composição das Câmaras Legislativas e os Executivos Municipais da região,  formados com forte presença de grupos de extermínios, matadores, lideranças das diversas frações de milícias e apoiadores de milicianos diretos ou indiretamente vinculados nesses territórios.

A história da Baixada Fluminense é marcada por processos de milicialização, com assassinatos constantes de “inimigos políticos”, inclusive já virou uma ferramenta naturalizada no jogo político da região.

Os assassinatos, execuções e desaparecimentos forçados são utilizados no cenário político para eliminar qualquer possibilidade de disputa eleitoral que poderia resultar em uma derrota política e econômica para um determinado campo político.

Em um território dominado pelas milícias, eleições sempre foram sinônimo de disputa de poder e de produção da morte. Porém, este cenário torna-se ainda mais brutal, devido as disputas cotidianamente com os conflitos entre frações de milícias em Duque de Caxias, que também é a região que já concentram um alto índice de assassinatos de vereadores.

Para IDMJR, trata-se de mais uma execução produzida pelo Estado, seja pela ação ou omissão institucional.

Confira o levantamento de assassinatos ligados a questão eleitoral na Baixada Fluminense organizado pela IDMJR foi realizado através de pesquisa e sistematização de redes sociais e recebimento de relatos e denúncias ao logo de todo o ano de 2019 até agosto de 2020.


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