
Por: Equipe IDMJR
“Seu silêncio não vai te proteger”. ( Audre Lorde)
A subjugação da mulher perpassa por todas as instâncias sociais, principalmente no caso das mulheres negras que são submetidas desde jornadas triplas de trabalho, menores remunerações, objetificação e sexualização do corpo, pouca representatividade política e maiores chances de serem assassinadas e abusadas.
Para relembrar as que vieram antes de nós, durante a semana do Dia Internacional da Mulher, a Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial promoverá a Campanha #8MdasPretas para ratificar o protagonismo das mulheres negras na luta por direitos sociais femininos e na luta contra a violência do Estado. Confira a nossa programação!

As histórias das mulheres negras estão permeadas por resistência, ancestralidade e luta por sobrevivência diária.
Durante toda a semana divulgaremos diversas atividades, produtos e ações que visam desde fomentar a reflexão/ação do papel do patriarcado na luta ao lado das mulheres contra as diversas violências, passando pela inauguração do memorial Nossos passos vêm de longe por Marielle Franco, bem como, a realização do curso de Promotora Legal Popular com enfoque na Segurança Pública.
Além da divulgação de um material para as mulheres sobre acesso a direitos, um podcast com mulheres negras de luta falando sobre Feminicídios e Segurança Pública e também o lançamento do nosso 3º Boletim sobre Feminicídios e Milícias. O Boletim de Feminicídios foi construído a partir de dados oficiais e de contra narrativas de mulheres negras que vivenciam as violações em territórios dominados pelas milícias. Esse ano o Boletim consolida a relação íntima entre feminicídios e segurança pública, com a responsabilização do Estado pelos assassinatos dessas mulheres.
E convidamos a todos e todas para participar da atividade onde a Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial receberá o Prêmio Dandara 2021 pelo trabalho e a luta no campo da segurança pública e a interface com as mulheres negras da ASPLANDE.
A IDMJR defende que não é possível realizar o enfrentamento aos casos de feminicídios sem entender o funcionamento da Política de Segurança Pública do Estado. Uma política pautada no racismo institucional e que cotidianamente promove o genocídio do povo preto.
“Minha história me dói por dentro, mas é a causa de minha luta” (Mãe Beata de Iemanjá)