
ENTRE DESAPARECIDOS E ENCONTRADOS SEM VIDA
Corpos com marcas de tiros foram encontrados pelo menos cinco vezes por mês no Grande Rio no primeiro semestre de 2022.
Corpos com marcas de tiros foram encontrados pelo menos cinco vezes por mês no Grande Rio no primeiro semestre de 2022.
por Monique Rodrigues No último sábado(25) a IDMJR em parceria com o Movimentos- Drogas, Juventude e Favela lançou o filme Guerra aos Pretos: política de drogas e genocídio, que teve … Continue lendo ESTREIA DE GUERRA AOS PRETOS NA BXD FLUMINENSE
por IDMJR Durante esta semana a IDMJR promove uma série de ações e produtos para afirmar que a luta por liberdade ainda segue como nosso único projeto político. A Falsa … Continue lendo SEMANA: ABOLIR PARA LIBERTAR
por Camila Fiuza1 Há sete anos, cinco meses e oito dias, o meu irmão era abordado na porta de casa por policiais militares. Vinte e três agentes do estado participaram … Continue lendo Luto sem fim: o Estado Brasileiro matou e ocultou o corpo do meu irmão
No último sábado (27), a Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial lançou o filme documentário “Nossos Corpos São Nossos Livros” no Espaço Enraizados, em Morro Agudo. O filme é uma produção da IDMJR, dirigido pela Cineasta Janaína de Oliveira que narra a condição dos desaparecimentos forçados, vividos historicamente por inúmeras famílias na Baixada.
Por Monique Rodrigues No último sábado, 02 de Outubro, a IDMJR teve a honra de ocupar o espaço sagrado do terreiro de Candomblé Ilé Asè Egi Omim, que comandado pela … Continue lendo PRÉ-ESTRÉIA: NOSSOS CORPOS SÃO OS NOSSOS LIVROS
Neste 30 de agosto, Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, a IDMJR ressalta que o aprisionamento e a retirada forçosa de corpos de seus territórios perpassa toda a formação social e econômica brasileira desde o tempo de colonização até o atual período dito democrático.
Tortura e Desaparecimentos Forçados são cenas do cotidiano da Baixada Fluminense, e em alusão ao dia 26 de junho, Dia internacional de luta contra a Tortura, a IDMJR vem ressaltar a brutal dinâmica de violência na Baixada Fluminense, como mais um dispositivo de denuncia contra a toda violência e tortura diária perpetrada pelo Estado Racista Brasileiro.
Os métodos de desaparecimentos forçados de corpos vem cotidianamente sendo utilizado como forma de terror do Estado em diferentes tempos históricos e sob distintas condições. O caráter de privação de liberdade através da captura, sequestro, tortura, mutilação e outros métodos torpes de desumanização e controle de corpos que se inicia no processo escravista que passa durante a vigência do período ditatorial brasileiro deixaram marcas latentes na memória social e na atuação política da sociedade até os dias atuais. Apenas nos 5 meses de 2019, 531 pessoas desapareceram, um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2018.
Confira a crônica do Griot Deley de Acari sobre a história de desaparecimentos forçados e como a captura forçosa de corpos pretos perpassam toda a história do capitalismo mundial.
Os método de desaparecimentos forçados de corpos foram utilizados constantemente como forma de terror do Estado em diferentes tempos históricos e sob distintas condições. Entretanto, ressalta-se que nos dramáticos anos de ditadura empresarial-militar na América Latina, o desaparecimento forçado de pessoas foi empregado como instrumento político de amplo cerceamento de liberdade e cassação de direitos políticos.
Nessa série de entrevistas que tratam sobre desaparecimentos forçados, a IDMJR convidou Fábio Araújo – Doutor em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ. Professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro e pesquisador da Fiocruz. Fábio Araújo é o autor do livro “Das técnicas de fazer desaparecer corpos: desaparecimentos, violência, sofrimento e política”.
Assistimos na Baixada Fluminense um constante aumento dos casos de desaparecimentos forçados após a ascensão e domínio das milícias nos territórios. São justamente as áreas com maior número de denúncias e depoimentos de desaparecimentos forçados controladas por milícias que de forma arbitrária e violenta encarceram, assassinam e desaparecem com os corpos dessas pessoas.
A portaria publicada pelo Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Justiça propiciam que durante o contexto do COVID-19, fica autorizado para os estabelecimentos de saúde e na ausência de familiares ou pessoas conhecidas do falecido, enviar os corpos direto para cemitérios para realizarem cremações e sepultamentos sem a necessidade da devida certidão civil de óbito, precisando apenas da declaração do óbito.