A portaria publicada pelo Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Justiça propiciam que durante o contexto do COVID-19, fica autorizado para os estabelecimentos de saúde e na ausência de familiares ou pessoas conhecidas do falecido, enviar os corpos direto para cemitérios para realizarem cremações e sepultamentos sem a necessidade da devida certidão civil de óbito, precisando apenas da declaração do óbito.
“A situação é muito pior!” afirma o Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois), da PUC do RJ com relação ao Covid-19. A falta de testagem em pacientes suspeitos mascaram a situação. O Estado do Rio de Janeiro que está entre os dez estados brasileiros que menos notificam os casos de Covid-19.
Países que priorizaram a testagem massiva e ampla para todes como Coréia do Sul, China e Alemanha junto com a estratégia do isolamento social foram os que começaram a exibir melhores resultados no controle da pandemia e conseguiram sair da curva de pico da morte cotidiana para números mais baixos de infectados.
Devido ao nosso compromisso de transparência e todas as ações, achamos importante compartilhamos que teremos o valor de R$7.200,00 para apoiar iniciativas, articulações ou grupo situados nos seguintes territórios de favelas dos municípios da Baixada Fluminense: Belford Roxo,Queimados, Japeri e Mesquita.
Por que boa parte dos moradores/as das favelas continuam indo para as ruas e não respeitando o isolamento social? A Branquitude, no seu lugar histórico de privilégio logo levanta respostas racistas e imediatistas para isso.
Ontem, o Governador Witzel emitiu um decreto de contigenciamento de R$ 7,7 bilhões de reais no orçamento público e a suspensão por tempo indeterminado de todas as novas despesas de caráter não essencial para o enfrentamento do Covid-19. Ressalta-se que estamos em quarentena com circulação restrita de pessoas pelos territórios. Por conseguinte, primordial que o Estado possa aumentar os gastos públicos para prover salários, habitação, acesso água e alimentação para todos e todas.
As juventudes periféricas já resistem e sobrevivem historicamente às diversas epidemias e distintas doenças. Como o caso da tuberculose que continua se alastrando por conta da ausência de saneamento básico nas favelas e periferias. A questão da água que nunca ou quase nunca chega para todos os moradores e até mesmo a própria polícia que só no Rio de Janeiro mata 5 pessoas a cada dia, isso apenas em casos que são registrados. Dentre tantos outros aparelhos do Estado que são usados para o genocídio do povo preto e periférico, em sua maioria os jovens negros.