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Por Giselle Florentino


Assistimos a mais um dia de barbárie executado pela Polícia do Rio de Janeiro, desta vez a mira da polícia e todo seu arsenal bélico estava direcionado para o Complexo de Manguinhos e o Parque Floresta em Belford Roxo.

O resultado não foi diferente das outras centenas de operações policiais, que diga-se de passagem, estão proibidas pelo STF no Rio de Janeiro durante perdurar a pandemia de Covid-19. Mais uma vez, moradoras e moradores tiveram um dia de terror nas favelas e periferias, já são 7 pessoas assassinadas em Manguinhos e 2 pessoas assassinadas e 2 pessoas feridas em Belford Roxo.

Há um escolha política do Estado em prover uma política de segurança pública baseada na produção de morte de corpos pretos e pobres. Confira abaixo a atuação da Polícia no Complexo de Manguinhos durante a operação de hoje:

A criminalidade só existe porque há participação direta no Estado. Dentro da lógica de acumulação de capital da sociedade capitalista a polícia vai criando seus negócios, como grupos de extermínio, segurança privada ilegal e com o projeto de Milicialização enquanto política de segurança pública, onde as milícias controlam atividades econômicas inteiras em favelas, também disputam o comércio do tráfico de drogas.

Portanto, o resultado de uma política de segurança pública que envolve o investimentos em armas de fogo, drones atiradores, caveirões e equipamentos que visam o abate e subjugação da população, fortalecimento da truculência policial, legislação que legitima e isenta o abuso policial somado ao esvaziamento e amplo sucateamento das políticas sociais não poderiam resultar em outra realidade: recorde de assassinatos, execuções, desaparecimentos forçados e pessoas privadas de liberdade no sistema carcerário.

Para mudar esse cenário estrutural de genocídio da população negra, não basta as tentativas falidas de reforma e controle das polícias, para garantir a sobrevivência da população negra hoje é urgente o fim das polícias e das prisões.


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