
Por Equipe IDMJR
Após 2 anos de muita pesquisa, escutas e análises sobre Desaparecimentos Forçados, a Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial, convida a todas, todas e todos para conhecer o filme Nossos Corpos São Os Nossos Livros.
A partir da produção audiovisual, a IDMJR mais uma vez vem para provocar reflexões e denúncias. Refletimos sobre a força do cinema negro como ferramenta para retratar as histórias apagadas e denunciamos a violência de Estado como metodologia para esses territórios.

“Meu filho desapareceu, fui a delegacia fazer o B.O e a primeira pergunta que a polícia fez foi se ele era envolvido com o tráfico.Isso é criminalizar nós que moramos em comunidade.”
(Mãe de desaparecido e moradora de Belford Roxo)
Nesse contexto produzimos o filme documentário “Nossos corpos são nossos livros”, dirigido pela cineasta Janaína Oliveira, cineasta negra e Baixadense, que traz uma série de falas sobre o processo histórico de desaparecimentos forçados no Brasil.
Na perspectiva da Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial essas metodologias se fundam a partir da escravidão africana que foi aprimorando técnicas de tortura, morte e descarte de corpos negros, refletindo estruturas que conciliam a violência, a exploração e a banalização como um série de práticas culturais.
Uma produção que retrata os métodos de desaparecimentos forçados de corpos que foram utilizados constantemente como forma de terror do Estado em diferentes tempos históricos e sob distintas condições.
“Os Desaparecimentos Forçados não se inicia hoje no Brasil, ele atravessa toda a história do povo africano, desde os sequestros e a captura de corpos da África.”
(Giselle Florentino , coordenadora executiva da Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial)
Nesta empreitada contamos com a parceria da Justiça Global e apoio da Fundação Heinrich Böll.
No filme que lançaremos no terreiro Ylê Asè Egi Omim, uma Casa de Candomblè liderado pela Iyálorixà Wanda de Omolu e historicamente atuante no combate ao racismo, as narrativas contam um cenário naturalizado de violência, morte, sofrimento e luta por justiça que a Baixada Fluminense, assim como periferias, favelas e subúrbios em todo Brasil conhecem muito bem. Alguns desses casos se arrastam há anos sem nenhuma resposta.
Acreditamos na importância da construção de uma memória coletiva que sirva para a luta por reivindicação de mudanças estruturais históricas. Por isso, teremos uma Pré-estréia exclusiva para convidados(as) no dia 02/10 às 17h no Ylê Asè Egi Omim.
“Os Nossos Corpos são os Nossos Livros.”
(Iyá Wanda de Omolu do Ylê Asè Egi Omim)
A sessão de lançamento será apenas para convidados/as, respeitando as medidas sanitárias e os protocolos de segurança determinados pela Organização Mundial de Saúde no combate à transmissão do Coronavírus. Em breve faremos uma sessão aberta na Baixada Fluminense para promover o filme no nosso território. Acompanhe nossas redes para mais informações.
Para saber mais, acesse nosso Boletim II.2021 Desaparecimentos Forçados: Da Escravidão às Milícias!
Confira o teaser do Filme Os Nossos Corpos são os Nossos Livros.
Fundamental este filme para luta.
Precisamos denunciar essa prática histórica de desaparecer com corpos.
Vida longa para Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial-Baixada Fluminense-RJ.
Mães Vítimas da Violência do Estado da Bxd Fluminense-RJ vem saudar esse filme que irá contribuir com a luta.
Oportuno e necessário esse filme é de extrema importância para a sociedade brasileira.